terça-feira, 10 de maio de 2011

Polêmica do Carnaval: Claudia Ferreira x Sérgio Cabral

Em entrevista ao programa Linha Aberta da Rádio Universidade, a ex-secretaria de Projetos Especiais da Prefeitura, Claudia Ferreira negou um possivel acordo com o funcionário do Diário Popular Sérgio Cabral para apresentação de conjuntos vocais no Carnaval de 2011.

"Não acertei nem evento, nem valores com ele, se o tivesse feito, jamais aceitaria pagar mais de R$ 8 mil para despesas dos conjuntos vocais (empresa de som + conjuntos), que seria o valor estimado para o evento", afirmou Claudia.

Segundo documentos levados pela ex-secretaria ao programa, Cabral teria recebido valores muito menores: R$ 2.500 (2008), R$ 3 mil (2009) e R$ 4 mil (2010).

Após a reforma administrativa, Cabral passou a receber R$ 21 mil dos cofres públicos para a mesma função. Nesta época, Claudia foi sucedida por Ulisses Norenberg,  atual secretário de Cultura e genro de outro funcionário do Diário Popular, José Ricardo Castro, titular da coluna Espeto, e colega de Cabral.
No fim do programa, Sérgio Cabral entrou no ar por telefone e afirmou que o valor de 2011 subiu bastante em relação aos anos anteriores porque ele teria incluído no show dos grupos vocais uma apresentação do cantor Luiz Ayrão, que teria recebido cachê.

Cabral disse ainda que não tinha cópia do texto do suposto acordo prevendo a apresentação e o valor porque este havia "sumido". Por causa disso, tive de procurar o prefeito (Fetter Jr., PP) e o vice prefeito (Fabrício Tavares, PTB) para pegar a autorização, disse Cabral. A autorização para o show e o pagamento de R$ 21 mil, segundo ele, teria sido dada com despacho do vice-prefeito.

Cláudia retrucou: "Olha, R$ 4 mil para R$ 21 mil é muita diferença; quem tem que explicar tudo isso é você e o secretário de Cultura, pois eu, inclusive, não estava mais na prefeitura. Não foi comigo esse acordo",
Norenberg também presente no debate não deu declarações sobre o caso. Nem explicou o porquê de fracionar a despesa (que tem rubrica de Carnaval).

Para fugir de ter de fazer licitação, é comum gestores fracionarem despesas superiores a R$ 8 mil, teto que obriga a licitação.

Carnavalescos pedem CPI do Carnaval 2011.

Segue a polêmica do caso.


Fonte: Amigos de Pelotas

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